Pesquisar este blog

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

TJ-RJ: Sind-Justiça cobra concurso em várias áreas

Entre os concursos mais aguardados para este ano está o do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ). Embora o novo presidente, desembargador Manoel Alberto Rebêlo, tenha confirmado a urgência na reestruturação do quadro, os representantes sindicais temem que mais uma vez o anúncio não seja concretizado, a exemplo do ocorrido na administração anterior.

Na época, foi confirmada a contratação de novos servidores, mas o plano não foi efetivado em virtude da Lei de Responsabilidade Fiscal, que estabelece um limite para os gastos com o funcionalismo público.

Para a vice-presidente do Sindicato dos Servidores da Justiça do Estado do Rio de Janeiro (Sind-Justiça), Marta Barçante, o anúncio de novas seleções para o tribunal é sempre bem-vindo, uma vez que a sobrecarga de trabalho tem afetado a saúde dos profissionais.

"As administrações sempre prometem novos concursos. No entanto, no decorrer da gestão, isso cai no esquecimento. O novo presidente já falou da necessidade de seleção para a magistratura e reconheceu que existe também a falta de funcionários nas demais carreiras. O que se espera é que haja equilíbrio nessas decisões", afirma.

Segundo a sindicalista, a convocação dos aprovados no último concurso para técnico e analista judiciários amenizou a carência de pessoal, mas não resolveu o problema.

"Ainda podemos observar vacância em muitos cartórios. Além de técnico e analista, hoje há uma grande necessidade de psicólogos, assistentes sociais, comissários e oficiais de justiça, que não contam com novos profissionais há mais de cinco anos. Esse déficit tem sobrecarregado muito os profissionais dessas áreas e prejudicado o atendimento à população", lamentou Marta Barçante, alertando que hoje a defasagem no quadro do TJ-RJ é de cerca de mil servidores.

Ainda de acordo com a sindicalista, esse déficit se deve, principalmente, à grande rotatividade de pessoal em virtude dos baixos salários. Segundo ela, para que o Judiciário tenha condições de desenvolver suas atividades com eficiência e celeridade, além de ampliar o quadro de pessoal, é necessário investir em projetos visando à valorização dos servidores.

"A realidade do tribunal não mudou muito nos últimos anos. Continuamos com salários muito defasados, e isso faz com que os profissionais busquem melhores oportunidades, principalmente na Justiça Federal, que está pagando o dobro", ressalta.

Fonte: Folha Dirigida