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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Banco Central quer concursos periódicos

O Banco Central tem a missão de controlar o sistema financeiro e a emissão de moeda no país. Para realizar essas complexas atividades, a instituição conta com servidores qualificados. E um dos desafios é manter o nível de excelência, mesmo com 33% do quadro (aproximadamente 1.570) - composto por 4.764 funcionários - podendo se aposentar até 2014.

Durante a 2ª Feira da Carreira Pública, em São Paulo, a chefe substituta de Gestão de Pessoas, Nilvanete Ferreira da Costa, deu palestra sobre as possibilidades de carreira no órgão. Ela também destacou os esforços da instituição para manter a qualidade dos servidores, que passam necessariamente pela realização de concursos periódicos. "Temos investido no aprimoramento da gestão de competências, e uma série de medidas está sendo tomada para manter a qualidade", destacou Ela acrescentou que há um projeto de ressuprimento dos quadros, desde 2008 no Ministério do Planejamento. Embora não tenha precisado quando o novo concurso será realizado, ela está confiante que o governo deverá atender às necessidades do banco. "Acreditamos que por conta da situação do quadro, o Ministério do Planejamento estará sensível a essa demanda", disse.

Segundo a dirigente do BC, o número de aposentadorias vem crescendo a cada ano. Segundo ela, 601 funcionários deixaram o banco entre 2008 e 2009. Só nestes dois primeiros meses do de 2011, 116 já foram desligados. Além da proposta de concursos periódicos para a substituição das aposentadorias, Nilvanete antecipou a vontade do BC de aumentar o número de técnicos na instituição, que atualmente conta com apenas 14% de um total de 4.760 servidores.Segundo Nilvanete Ferreira, o conhecimento sobre a instituição e a área em que ela atua é fundamental para quem vai prestar um concurso público. "A remuneração é importante, mas a identificação do candidato com o órgão é fundamental para uma boa carreira", afirmou.

Além do órgão, a identificação com o cargo também é primordial. "Se o candidato faz o concurso para uma vaga que não é a que deseja, problemas certamente virão, como a solicitação de mudança de área, de praça e outros. O que nem sempre é possível, já que o concurso foi feito de acordo com as necessidades da instituição", advertiu. A chefe do BC também comentou a boa fase que o banco está passando. Segundo ela, o reconhecimento do Banco Central é grande, devido à importância de sua atuação. Em especial nesses últimos tempos de crises financeiras. "O contexto é favorável, o que coloca o órgão em evidência, e com isso cresce o desafio dos funcionários e o interesse dos candidatos. O Banco Central se tornou benchmarking internacional", disse.

Técnico e analista: níveis médio e superior

Atualmente, para ingressar no Banco Central na carreira de técnico, é necessário que o candidato tenha o nível médio (existe uma proposta para mudar o requisito para graduação). Já para a função de analista, exige-se formação superior. Atualmente, as remunerações iniciais são de R$5.221,28 e R$13.264,77 (incluindo o auxílio-alimentação, de R$304), respectivamente.Segundo Nilvanete Ferreira da Costa, existe uma série de vantagens em trabalhar no Banco Central. Além dos benefícios oferecidos pela instituição, os funcionários têm a possibilidade de ocupar, com o tempo de carreira, funções comissionadas, já que elas são exclusivas dos concursados.

Fonte: Folha Dirigida