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quarta-feira, 9 de outubro de 2013

MTE - Apoio: sindicato defende mais vagas no novo concurso


O secretário–geral da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), José Milton da Costa, considerou irrisória a oferta de 450 vagas do novo concurso para área administrativa do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), autorizado pelo Ministério do Planejamento no fim do mês passado. “O quadro de pessoal do MTE se encontra bastante defasado. Por isso, apenas essas vagas não serão o bastante para suprir as necessidades.” Das oportunidades, 415 são para agente administrativo. O cargo requer o nível médio e, por isso, deve atrair milhares de pessoas. No último concurso para a carreira, realizado em 2008, mais de 300 mil pessoas se inscreveram para a disputa. Os ganhos são de R$2.946,22, sendo R$1.568,42 de salário-base, R$1.004,80 de Gratificação de Desempenho da Carreira da Previdência, da Saúde e do Trabalho (GDPST) e R$373 de auxílio-alimentação.

As outras 35 vagas são para a função de contador. Os interessados em concorrer devem ter nível superior da área. A remuneração é de R$4.354,42, sendo R$1.990,22 de salário-base, R$1.991,20 de Gratificação de Desempenho da Carreira da Previdência, da Saúde e do Trabalho (GDPST) e R$373 de auxílio-alimentação. De acordo com o secretário-geral, é possível que as vagas contemplem todo o país, uma vez que há carência de pessoal em todos os estados.  “No Rio de Janeiro ou em qualquer lugar do país, o Ministério do Trabalho e Emprego não possui servidores suficientes”, frisou.  José Milton da Costa informou que cerca de 70% dos concursados de 2008 já deixaram o ministério. “O pessoal usa o órgão como trampolim. Como os rendimentos não são atrativos, assim que conseguem uma oportunidade melhor partem para o novo destino”. Na última seleção, a oferta foi de 1.822 vagas, sendo 1.628 para agente administrativo e as demais para administrador e economista. Mais de 2.100 aprovados foram convocados, sendo cerca de 1.930 somente para o cargo de agente administrativo.

Para conter essa evasão, o sindicalista argumenta que a solução é a implantação de um plano de carreira para os servidores administrativos do MTE e a realização de concursos periódicos. Ele, ainda, ressaltou que toda a administração pública federal, direta e indireta, necessita de pessoal. “Todos os órgãos estão com defasagem de pessoal. Atualmente, temos cerca de 670 mil servidores públicos federais e essa é quase a mesma quantidade do início da década de 1990”, diz. Segundo ele, o Brasil precisa ter 1 milhão e 400 mil servidores públicos federais. “Os mais de 120 mil servidores contratados pelo governo Lula apenas serviram para repor o pessoal que saiu ou se aposentou nas últimas décadas. A força de trabalho não foi ampliada.” 

Segundo informações da Assessoria de Imprensa do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o órgão já começou o processo de escolha da organizadora do concurso para 450 vagas para área administrativa, que deverá ser finalizado em novembro. O concurso foi autorizado em setembro e o edital poderá ser divulgado até 27 de março. Mas, bem antes disso, as regras da seleção deverão ser disponibilizadas. Concurso anterior - Em 2008, ocorreu o último concurso para área administrativa do MTE, sob organização do Cespe/UnB. A avaliação teve 120 questões objetivas, sendo 30 de Conhecimentos Básicos, 30 de Complementares e 60 de Específicos. Foram aprovados os candidatos que obtiveram, pelo menos, seis, sete e 18 pontos, nos respectivos agrupamentos de matérias, e mais 38 pontos no total do exame.


Fonte: Folha Dirigida