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sexta-feira, 25 de março de 2011

PC-MG ameaça com greve se não for convocado concurso

Com o término do prazo de validade do último concurso para a Polícia Civil de Minas Gerais, realizado em 2008, e a elevada carência no quadro de pessoal, conforme apontou o presidente do Sindicato dos Servidores da categoria no estado, Denilson Martins, cresce a expectativa quanto à realização de uma nova seleção."Encaminhamos um pedido ao governo, expondo o déficit de 10 mil servidores no órgão, em todo o estado, e o prazo para a resposta é 2 de abril. A partir daí, se não houver retorno, certamente haverá greve", adiantou o sindicalista. Denilson Martins aponta os cargos que mais precisam repor pessoal para suprir a demanda de serviço. "Precisamos de concurso imediato para os cargos de delegado, escrivão, perito, investigador e, principalmente, para médico legista.

Segundo o presidente, o órgão já sofre as consequências dessa carência. "A falta de pessoal atrapalha o trabalho da Polícia Civil. Em novembro do ano passado iria ocorrer a suspensão de funcionamento de plantão de duas delegacias regionais da região Leste, que responde por seis delegacias (aproximadamente 80 bairros de Belo Horizonte) e Sul. Isso só não aconteceu graças às manifestações que fizemos dias antes. Com isso, o governo decidiu voltar atrás, mas não é uma questão definitiva. Caso ocorra, o cidadão ficará desassistido nos finais de semana, e principalmente à noite", adiantou.

De acordo com Denilson, as unidades também enfretam muitos problemas. "A infraestrutura de nossas unidades é outro ponto que nós atentamos em nossas reivindicações. Os prédios não são padronizados. Na maioria das vezes não são de propriedade da Policia Civil, são cedidos por prefeituras ou outros órgãos, e improvisados, de modo que as adequações não são compatíveis com a demanda policial. As condições de trabalho não são as melhores. Isso tudo implica má saúde para o servidor e, por consequência, baixa a auto-estima", declarou.E finalizou: "Sou um defensor, um propagador dessa necessidade. A gente entende que o Estado e a Administração Pública são uma ficção jurídica, não existem, se materializam através das ações de seus entes, de seus funcionários. Então, só com servidores qualificados, concursos públicos renovados é que teremos melhor qualidade no serviço público."

Fonte: Folha Dirigida