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quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Caixa Econômica Federal - Dirigente destaca programação de muitas contratações

A realização de um novo concurso para técnico bancário da Caixa Econômica Federal vai possibilitar que o ritmo acelerado de contratações se mantenha. De acordo com o representante da Diretoria Executiva de Gestão de Pessoas e gerente nacional de Remuneração e Benefícios da instituição, Salomão Azulay, como a Caixa tem uma estratégia de expansão, com a criação de 2 mil agências até 2015, haverá a necessidade de pessoal qualificado e preparado. “Nós precisamos manter a estratégia e a ampliação. As agências serão inauguradas, e as pessoas devem estar lá preparadas e contratadas. É natural que quando uma agência é aberta, precisamos de espaço físico e de pessoas preparadas e qualificadas, sendo essa a razão pela qual a gente tem contratado”, disse ele, em entrevista exclusiva à FOLHA DIRIGIDA, durante a 4ª Feira da Carreira Pública & Mercado de Trabalho. Segundo Azulay, nos últimos 12 meses, a Caixa foi o banco que mais contratou no mercado brasileiro. “Contratamos cerca de 12.500 pessoas, sendo mil no Estado do Rio de Janeiro, de um total de cerca de 66 mil aprovados. Precisamos de brasileiros para atuar no segmento que a Caixa atua. A expansão do banco deve continuar, assim como as contratações”, completou o gerente.


FOLHA DIRIGIDA - Os concursos da Caixa atraem sempre muitos candidatos. No último concurso, por exemplo, foram mais de um milhão de inscritos. O que o senhor acredita que faz com que a seleção da Caixa seja tão atrativa?
Salomão Azulay -
A gente tem observado que a natureza do técnico bancário, por exigir apenas o nível médio, atrai bastante. Por outro lado, 98% de quem entra na Caixa já têm graduação e isso é interessante. A Caixa, internamente, tem uma política de carreira que não se limita apenas ao técnico bancário. Nós temos uma trajetória profissional, com exercício de funções gratificadas, o que também traz a essas pessoas a necessidade de graduação. Nós vemos a Caixa como um banco que se moderniza, busca em seu plano estratégico estar mais presente para a população brasileira e isso se torna um atrativo.

Os concursos da Caixa costumam ser para cadastro de reserva. Mesmo assim, o banco tem realizado muitas contratações?
Nos últimos 12 meses, a Caixa contratou 12.500 pessoas, sendo mil no Estado do Rio de Janeiro, de um total de cerca de 66 mil aprovados no país e 4.600 no Rio. Talvez seja uma relação histórica de qualquer concurso brasileiro. E isso continua, precisamos de brasileiros para atuar no segmento que a Caixa atua. É importante ter consciência de que a Caixa está chamando aprovados no último concurso, mas isso não quer dizer que quem teve uma classificação lá atrás será chamado, porque o prazo nos limita. A expansão deve continuar, assim como as contratações.

O Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Dest) autorizou a Caixa a ampliar o seu quadro de pessoal para 15.910 funcionários, sendo 6.037 em 2013, 4.850 em 2014 e 5.023 em 2015. Esses números serão atingidos por meio desse concurso?
A Caixa tem um planejamento estratégico de até 2022 ampliar a rede. Na autorização do Dest, há marcos a cada ano, porque a cada ano nós temos que revisitar e identificar como está a estratégia. As autorizações, inclusive, vão ser confirmadas a cada ano. Está realmente autorizada a deste ano, e nós estamos buscando chegar próximos do quantitativo autorizado para o final deste ano. Mas 2014 e 2015, vai depender do contexto econômico nacional e até mundial. Nós estamos em uma estratégia agressiva, porque enquanto o mercado está crescendo de 15% a 16%, a Caixa cresceu, nos últimos três semestres, 40% a cada semestre.

A Caixa tem um programa de expansão da rede, com previsão de 2 mil agências abertas até 2015. Isso vai demandar a ampliação do quadro de pessoal?
A visão da Caixa, até 2022, é estar entre os três maiores bancos brasileiros. Nós queremos manter a liderança como agente público, do governo federal e, para isso, a gente busca capacitar e atrair talentos que tragam esse perfil e nos ajudem. E hoje, quanto maior a capilaridade de um banco, melhor ele consegue atender o cliente final. Então, a estratégia de expandir agências é fruto disso. O ritmo da Caixa tem sido de abrir três agências a cada dia útil. E é natural que quando uma agência é aberta, haja a necessidade de espaço físico e de pessoas preparadas e qualificadas, sendo essa a razão pela qual a gente tem contratado. Então, a nossa estratégia é essa, até porque o edital do concurso vigente vai vencer no próximo ano, e a gente deve lançar um novo edital para poder atender a essa estratégia empresarial.

Então, até dezembro deste ano pode ser publicado um novo edital para técnico bancário?
É claro que a gente tem que cumprir toda a legislação e todo rito, mas a nossa intenção é já iniciar 2014 com o edital. É um ano eleitoral, então restringe um pouco nossa atuação como empresa pública, até na questão da contratação. Então, como nós precisamos manter a estratégia e a ampliação, as agências serão inauguradas e as pessoas devem estar lá preparadas e contratadas. Por isso, vamos fazer o possível para iniciar 2014 com esse edital já na rua.

A intenção da Caixa é homologar esse novo concurso até os meses que antecedem o período eleitoral, para contratar ainda em 2014?
Sim, porque vamos manter a estratégia atual de contratação. É preciso que a gente se planeje porque é um ano diferente e, para que não haja nenhum problema na estratégia e na expansão, nós precisamos cumprir esses ritos. Por isso, estamos trabalhando arduamente para oferecer o mais rápido possível esse novo edital.

A Caixa já está trabalhando nesse próximo concurso?
Sim e, além disso, a Caixa está mudando o escopo e atualizando o nível de competência.

Quais são as competências requeridas para um empregado trabalhar na Caixa? Quais são as competências corporativas?
Então, aqueles que realmente têm um talento conseguem ocupar postos dentro dessa trajetória, porque trazem isso. A Caixa é uma empresa pública, atende às políticas públicas do governo federal é uma parceira estratégica. Então, as pessoas têm que entender aonde estão pisando, saber o motivo de ir para a Caixa, saber o que o banco faz e como isso impacta na sociedade. Isso é importante a pessoa conhecer.

Em relação aos preparativos do concurso, já há uma previsão de até quando será definida a organizadora?
Eu ainda não posso afirmar. Mas vale lembrar que a legislação prevê que não é licitação, é um credenciamento. E a empresa tem que estar habilitada e cumprir os requisitos para esse credenciamento. A Caixa não tem o interesse de eleger a empresa X, Y ou Z, mas aquela que está habilitada. Assim tem sido feito e não será diferente nesse próximo.

Então, não necessariamente será mantida a organizadora do último concurso, a Cesgranrio?

Exatamente. Pode ser, como pode não ser, vai depender da habilitação que a entidade terá.


Muitos candidatos fazem seus estudos baseados no último edital. Haverá mudanças no conteúdo?
O que a gente pode afirmar é que a Caixa está passando por mudanças, porque o mercado muda, o cliente muda, então nós também temos que mudar e isso se reflete na seleção de recrutamento. Temos que estar atentos e ir nos adequando. Quando eu falo em atrair pessoas e talentos é porque estamos revisitando o atual escopo de competências e o concurso. Como é a porta de entrada, tem que trazer o mais próximo daquilo que a gente está construindo como necessário para atender àqueles objetivos. É claro que alguns conceitos vão se repetir porque, por ser de nível médio, são básicos. Poderá haver algumas diferenças porque nós temos uma nova empresa, novos desafios e temos que adequar todos os processos, principalmente na área de pessoas, e a seleção é um processo muito importante, que pode ser afetado e alterado diante desse contexto.

Quais conteúdos básicos são esses?
Com certeza Matemática, já que se trata de um banco, que trabalha no sistema financeiro. O conceito básico de Matemática permanece, assim como Língua Portuguesa. O processos do sistema financeiro, a obrigatoriedade de conhecer o conteúdo de onde a Caixa está inserida e o mercado dela também são básicos e permanecem. Microinformática também é fundamental.

No ano passado, por exemplo, teve a redação, que foi novidade. Poderá haver alguma mudança na estrutura do concurso?
A redação é fundamental porque, no dia a dia, o empregado redige e encaminha documentos, tem que saber interpretar. Às vezes, a gente acha que isso não é do cotidiano, mas é, faz parte da atividade do banco, na relação com o seu cliente. Posso dizer que aquilo que é fundamental para a Caixa vai ser pedido, mas não posso afirmar o que vem de forma diferente. O banco está sempre atento e busca nos editais se adequar à realidade empresarial. Então, se a realidade empresarial de mercado está exigindo uma competência ou um conteúdo que não estava no edital anterior, pode acabar vindo nesse. Nós estamos estudando, mas o que é básico sempre vem.

Assim como em 2012, a seleção contemplará todos os estados?

Com certeza, o concurso será em âmbito nacional, porque a nossa estratégia empresarial e a expansão que estamos fazendo são em todo o país. Nós atuamos em uma estratégia de polos, são vários em cada estado.

Os candidatos acreditam que o prazo de 60 a 90 dias entre a publicação do edital e a aplicação das provas seja o ideal. Isso poderá acontecer?
O próximo ano nos impõe um calendário mais restritivo, mas a gente está buscando atender todos os períodos da melhor forma. Tudo depende da entidade credenciada, de quando vai sair o edital. A intenção é dar um período maior, nós não queremos prejudicar ninguém, mas o candidato deve estar atento, se preparar todo dia.

A Caixa poderá antecipar o programa para que os candidatos estudem adequadamente?

A Caixa, com certeza, vai tentar buscar sempre o quadro adequado, colocar a informação o mais cedo possível. Mas eu insisto que a preparação tem que ser diária, principalmente porque Português, Matemática, Sistema Financeiro e redação são básicos e importantes. Independentemente do prazo, sugiro que já se preparem para ninguém ser pego de surpresa.

O cargo de técnico bancário é a porta de entrada na Caixa, é de nível médio e tem uma remuneração atraente. O que mais o senhor pode falar sobre esse cargo?
A Caixa hoje paga o maior salário de entrada. O funcionário já entra e começa a subir na carreira após o estágio probatório e, a partir de 90 dias, ele já tem a oportunidade de exercer funções gratificadas, que é a trajetória interna. Mas tudo isso depende do processo individual. Aqueles que entram já com graduação, pós-graduação ou com experiências avançam em relação a outros que estão iniciando, porque hoje a Caixa aproveita tudo isso e também oportuniza para todos que entram. O técnico bancário é o início, a porta de entrada, mas a partir dali, ele tem diversas alternativas de trajetória profissional. A Caixa trabalha com uma gama muito grande de conhecimentos e processos empresariais, que são referência no mercado, como a parte de controladoria, de marketing, de pessoas, de finanças, de habitação, de poupança, captação de fundos.

Além disso, a Caixa também oferece benefícios diferenciados. Quais são?

A Caixa tem uma gama de benefícios muito grande para o empregado, família, para a atividade que exerce. E a gente tenta não se limitar apenas à questão legal, busca identificar uma situação, para que a gente possa reter talento. A nossa taxa de desligamento é muito baixa, menos de 1%, o que significa que pouquíssimas pessoas que estão na Caixa saem, porque elas têm muitas oportunidades e acabam seguindo a sua trajetória.

O senhor é um exemplo disso. Pode nos contar um pouco sobre a sua carreira na Caixa?

Isso é verdade, eu tenho 24 anos de Caixa. Entrei como técnico bancário, fiz a minha carreira, optei por entrar na carreira administrativa e pude passar pelas agências. Exerci diversas funções gratificadas, fui para a superintendência e estou há cinco anos na matriz, trabalhando em um processo mais estratégico. A Caixa tem a rede de agências, a matriz e a rede de apoio, então são três subsistemas onde os funcionários podem se identificar e construir a sua carreira. A minha mulher também entrou junto comigo na Caixa e procuramos, cada um dentro do seu talento e habilidade, desenvolver aquilo que temos como competência. Sou muito feliz na Caixa e tudo que eu tenho e desenvolvo como profissional eu devo à Caixa.

Fonte: Folha Dirigida