Aqueles que têm como objetivo para o próximo ano a conquista de estabilidade e boa remuneração poderão contar com uma grande oportunidade na Receita Federal. Segundo o Sindicato Nacional dos Analistas-Tributários da Receita Federal (Sindireceita), o secretário adjunto do Ministério da Fazenda, Dyogo Henrique de Oliveira, informou, no último dia 27, que há previsão de concurso para 1.050 vagas em 2013, sendo 750 de analista e 300 de auditor-fiscal. O Ministério da Fazenda, que em junho enviou um pedido de concurso ao Ministério do Planejamento, não confirmou a informação até o momento.
Os cargos são destinados a quem possui o ensino superior completo e proporcionam remuneração inicial de R$8.300,07 no caso de analista e de R$13.904, no de auditor. Os valores já incluem o auxílio-alimentação, que é de R$304. Já a estabilidade é típica do regime de contratação utilizado pela Receita, que é o estatutário. A notícia de um novo concurso já no próximo ano (o atual tem resultado previsto para 27 de janeiro e validade de um ano, podendo dobrar) agradou a entidade representativa dos analistas, sobretudo pelo fato de estarem previstas mais vagas para a categoria do que para auditor, como já ocorrera este ano. Para o Sindireceita, trata-se de um sinal de que há a intenção de reverter, progressivamente, o que a entidade chama de pirâmide invertida, que é a existência de mais auditores do que analistas nos quadros da Receita.
Mas para o diretor secretário do Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional), Kurt Theodor Krause, o número de vagas previstas para auditor é insuficiente e mal supre as aposentadorias previstas. “Seriam necessárias, pelo menos, 700”, afirmou. De acordo com o presidente do Sindifisco Nacional, Pedro Delarue, um estudo indica que 40% dos auditores do país irão se aposentar nos próximos cinco anos, o equivalente a cerca de 4.800 servidores, média de 960 por ano. Na reunião na qual o anúncio da previsão de concurso foi feito, segundo o Sindireceita, também estava presente o secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto. Procurada pela FOLHA DIRIGIDA, a Receita limitou-se a informar que o assunto está sendo tratado em âmbito ministerial.
Fonte: Folha Dirigida
