O concurso para o preenchimento de 349 vagas nos cargos de escrivão e delegado da Polícia Civil de Minas Gerais, autorizado em maio pelo governador Antônio Anastasia, ainda depende de uma negociação entre o Sindicato dos Servidores da Polícia Civil (Sindpol/MG) e a corporação, para ser realizado. Entre as reivindicações dos sindicalistas, está a ampliação das vagas e a inclusão de outros cargos como perito e investigador, que exigem nível superior em qualquer área.
O ponto que causa maior desacordo entre os policiais civis mineiros e a chefia da Polícia Civil, no entanto, é a questão salarial. A categoria cobra uma equiparação salarial das funções de investigador e escrivão com dos peritos e médicos legistas, e dos delegados com os defensores públicos. Os servidores da Polícia Civil exigem ainda a implantação imediata do subsídio como modelo remuneratório. O impasse está atrasando a realização do concurso. A proposta apresentada pelo governo foi um reajuste de 101%, parcelado em quatro anos. O sindicato rejeitou a oferta aceita pelos policiais militares do estado. "Não queremos um reajuste, e sim uma equiparação de carreiras. Nos reunimos com o governo no último dia 13 e apresentamos as propostas, mas nada foi negociado",declarou a assessoria de imprensa do Sindpol.
Os policiais civis mantêm paralisação desde maio, quando começaram a trabalhar com 50% do efetivo. De acordo com o sindicato da categoria, a greve continua e os policiais lutam por melhores salários e condições dignas de trabalho.
O último concurso para os cargos de escrivão e delegado foi realizado em 2008. No total, foram oferecidas 281 vagas, 157 para escrivão e 124 para delegado. Concurso - O próximo concurso vai oferecer 349 vagas, distribuídas pelos cargos de escrivão (205) e delegado (144). Para participar é preciso ter o nível superior em Direito, para delegado; e nível superior em qualquer área, para escrivão. Atualmente, os rendimentos iniciais de um delegado são de R$5.716,87, enquanto os escrivães ganham R$2.041,72.
Fonte: Folha Dirigida
