Após 125 anos da assinatura da Lei Áurea, pela
Princesa Isabel, completados na última segunda-feira, dia 13, a escravidão ainda
não acabou. Na linha de frente da luta pela erradicação da prática estão os
auditores-fiscais do trabalho. A prática não tem sido somente encontrada no meio
rural, estando cada vez mais presente nos grandes centros urbanos, especialmente
nos setores têxtil e da construção civil. No ano passado, 2.849 trabalhadores
foram resgatados de condições análogas à escravidão.
Apesar do trabalho desenvolvido pelo Grupo
Móvel de Fiscalização e pelas equipes das Superintendências Regionais do
Trabalho e Emprego, esse número poderia ser bem maior, caso houvesse mais
auditores fiscais no país - há apenas cerca de 2.800. Por conta disso, o MTE
prepara a realização de concurso para 100 vagas na carreira, no entanto,
reivindica de que seja autorizado a oferecer 629 vagas. O Ministério do
Planejamento ainda não se posicionou se irá ou não permitir a ampliação da
oferta. O cargo de auditor fiscal exige o nível superior (em qualquer área), com
rendimentos de R$14.653 (incluindo o auxílio-alimentação de R$373). No momento,
o MTE escolhe a organizadora do concurso, cujo edital poderá ser publicado até
13 de agosto.
Área administrativa - Boa
notícia para quem espera uma chance de entrar para área administrativa do MTE. O
pedido do concurso feito pelo órgão voltou a tramitar no Planejamento e agora a
expectativa é de que o processo de análise, que já chegou a ficar oito meses
parado, seja feito sem interrupções. Em abril, o ministro do Trabalho e Emprego,
Manoel Dias, encaminhou à ministra Miriam Belchior, um aviso ministerial
reivindicando a liberação de 1.858 vagas. Desse quantitativo, 1.600 são para o
cargo de agente administrativo. Os rendimentos são de R$2.529,42 mensais, sendo
R$1.568,42 de salário-base, R$588 de Gratificação de Desempenho da Carreira da
Previdência, da Saúde e do Trabalho (GDPST)e R$373 de auxílio-alimentação.
Ainda o ministério solicitou 258
oportunidades para graduados, sendo 64 para o cargo de técnico em Assuntos
Educacionais, 60 para o de administrador, 60 para o de assistente social, 60
para o de contador, sete para o de técnico em Comunicação Social, três para o de
bibliotecário, três para o de economista e um para o de sociólogo. A remuneração
para essas carreiras é de R$3.598,42. Desse montante, R$1.990,22 são referentes
ao salário-base, R$1.235,20 à Gratificação de Desempenho da Carreira da
Previdência, da Saúde e do Trabalho (GDPST) e R$373 ao auxílio-alimentação.
Fonte: Folha Dirigida
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