Na última quarta-feira, dia 19, a diretoria do Sindicato Nacional dos Servidores do Plano Especial de Cargos da Polícia Federal (SinpecPF) se reuniu pela primeira vez com o novo diretor-geral da Polícia Federal (PF), Leandro Daiello Coimbra. Segundo a presidente do SinpecPF, Leilane Ribeiro de Oliveira, entre outros assuntos, foi discutida a necessidade de novos concursos para a área administrativa do departamento, que sofre com a carência de servidores. "Ele se mostrou muito interessado em resolver esse problema", disse a sindicalista.
A PF aguarda a autorização do Ministério do Planejamento para a abertura de concurso para 328 vagas de agente administrativo, cargo cujo requisito é o ensino médio completo e que proporciona remuneração inicial de R$3.203,97 (incluindo auxílio-alimentação, de R$304). A intenção do departamento é realizar o concurso imediatamente após receber a permissão.
Leilane de Oliveira informou que além do concurso, com pedido em análise no Planejamento, foi abordado também a criação de 3 mil vagas para o preenchimento por meio de concurso posterior. As novas vagas estão previstas em projeto de reestruturação da carreira, que também tramita no Planejamento. "Tratamos dos dois pontos, porque esse concurso de 328 vagas não supre a nossa necessidade", justificou ela.
Conforme noticiou a FOLHA DIRIGIDA na edição nº 1.919 (ainda nas bancas), um levantamento divulgado no último dia 10 pela PF mostra que, de 2007 a 2010, 521 servidores administrativos deixaram o órgão. Dos 3.272 servidores que integravam o quadro da área de apoio em 2007, apenas 2.751 permaneceram em 2010.
De acordo com a sindicalista, o novo diretor-geral da PF deve começar a cobrar a realização do novo concurso e o andamento das demais demandas a partir de fevereiro. "Ele assumiu agora e está conhecendo as pessoas com quem tem que tratar o assunto. Além disso, ele não conhece ainda o andamento completo de cada situação. Então, deve tomar conhecimento para começar a correr atrás. Mas ele se mostrou muito interessado e disposto", disse Leilane de Oliveira.
Etapas - O último concurso para a área administrativa da PF ocorreu em 2004, e caso a nova seleção siga o modelo utilizado naquela oportunidade, os candidatos serão selecionados exclusivamente por meio de provas objetivas, de Conhecimentos Gerais e de Conhecimentos Específicos.
Área policial: 1.024 vagas este ano - Para a sua área-fim, a programação da PF é abrir 1.024 vagas este ano, sendo 396 de agente, 362 de escrivão, 150 de delegado e 116 de papiloscopista. O objetivo é realizar duas rodadas de concursos, com 512 vagas cada. As seleções são de grande importância para incrementar o combate ao crime organizado, ao tráfico de armas e drogas e à violência, prioridades do governo Dilma Rousseff.
Os pedidos de concurso já estão em análise no Ministério do Planejamento. Os planos da PF são de primeiramente realizar as seleções para agente e papiloscopista. E nesse caso, a meta é promover o curso de formação (segunda etapa do concurso) ainda em 2011, o que faz com que a expectativa seja de que a autorização saia ainda neste primeiro semestre.
Posteriormente a essas seleções, seriam, então, realizadas as destinadas ao preenchimento das vagas de escrivão e delegado. Dessa forma, o departamento busca adequar a oferta de vagas das seleções à capacidade da Academia Nacional de Polícia (ANP, em Brasília), onde os policiais federais são formados.
O requisito básico dos cargos de agente, escrivão e papiloscopista é o ensino superior completo em qualquer área. Já para delegado é exigido o bacharelado em Direito. As remunerações iniciais são de R$7.818,33 para os três primeiros e de R$13.672,68 para delegado. Em ambos os valores já está incluso o auxílio-alimentação, de R$304.
Caso os novos concursos repitam o modelo do último realizado para a área policial (de 2009, para agente e escrivão), os candidatos terão que passar por provas objetiva e discursiva, avaliação psicológica, exame médico e exame de aptidão física, prova prática de digitação (apenas escrivão) e curso de formação, além de investigação social.
Fonte: Folha Dirigida
